segunda-feira, 28 de setembro de 2009

PRÉ-SAL

Pré-Sal é o nome dado às reservas petrolíferas encontradas no subsolo marítimo abaixo de uma profunda camada de sal. As reservas desse tipo geralmente são encontradas em locais de difícil acesso e localização.

As primeiras reservas petrolíferas em pré-sal foram descobertas no litoral brasileiro, estas também são as maiores reservas conhecidas em zonas da faixa pré-sal.

No Brasil, a camada pré-sal está localizada nas Bacias de Santos, Campos e Espírito Santo. Estas reservas estão localizadas abaixo da camada de sal (podem ter até 2 Km de espessura). Portanto, se localizam de 5 a 7 mil metros abaixo do nível do mar. Estima-se que exista nesta camada 40 bilhões de barris de petróleo.

O principal ponto negativo da exploração do pré-sal brasileiro é um ponto muito importante ainda não se abordou muito em toda esta discussão: a questão ambiental. Assim surge uma grande dúvida, será que é uma boa escolha investir maciças somas de dinheiro no desenvolvimento de uma fonte energética suja e finita, num momento em que o mundo se esforça para ampliar o uso de fontes limpas e renováveis?

Se o Brasil estiver usando todas as reservas estimadas do pré-sal, estaremos emitindo ao longo dos próximos 40 anos em torno de 1,3 bilhão de toneladas de CO2 por ano só com refino, abastecimento e queima de petróleo. Ainda que o desmatamento da Amazônia seja zerado nos próximos anos, tudo indica que as emissões decorrentes do pré-sal podem anular o seu impacto positivo e manter o Brasil entre os três maiores emissores de CO2 do mundo.

Uma alerta, talvez a mais relevante, está justamente onde ele será explorado: no oceano, que são um importante regulador climático. O procedimento exige uma tecnologia que hoje não existe. Sendo assim, o Brasil corre o risco de ir na contramão da História.

Como ponto positivo está o crescimento dos lucros do nosso país, e por consequência o fortalecimento de nossa economia, investindo-se para suprir problemas básicos e carências que o Brasil enfrenta. E como já se pôde perceber, esse será o slogan da campanha do presidente Lula para as eleições de 2010, apressando os investimentos no pré-sal para criar uma boa imagem de seu governo, e assim eleger sua sucessora.

Porém é ilusão achar que o pré-sal vai resolver todos os problemas de nosso país.

terça-feira, 23 de junho de 2009

SITUAÇÃO: ÁGUA



Na semana do Meio Ambiente foi realizado uma pesquisa sobre a situação da água tanto na região de Criciúma ou no mundo inteiro. Todos sabem que a realidade desse nosso objeto valioso é crítica, mas aqui vão mais algum dados sobre uma preocupante perspectiva, que nos dá um alerta:


Água doce disponível na natureza é bastante restrita, cerca de 97,61% da água total do planeta é provenientes das águas dos oceanos, calotas polares e geleiras representam 2,08%, água subterrânea 0,29%, água doce de lagos 0,009%, água salgada de lagos 0,008%, água misturada no solo 0,005%, rios 0,00009% e vapor d’água na atmosfera 0,0009%.

Diante desses percentuais apenas 2,4% são de água doce, porém, somente 0,02% estão disponíveis e podem ser consumidas. Desse restrito percentual, uma grande parcela se encontra poluída.

A falta d'água já afeta o Oriente Médio, China, Índia e o norte da África. Nessa perspectiva, até 2050 aproximadamente 45% da população não terá a quantidade mínima de água.


A região carbonífera de Criciúma, sul de Santa Catarina, exibe índices de 90% da sua água poluída pelo carvão e é considerada uma das áreas mais críticas do país, ambientalmente falando.


Após feito o trabalho, assistimos a uma palestra que abordava o assunto sobre a arborização de Criciúma, um projeto que envolve além de criação de praças, a plantação de árvores nativas nas ruas de toda a cidade, deixando-a muito mais bonita e natural, amenizando a temperatura e o stress. Mas não é só plantar, tem de haver a manutenção num conjunto entre prefeitura e moradores.


E me parece que o projeto já está sendo executado, pelo menos no bairro Santa Bárbara, onde várias mudas de árvores foram plantadas ao lado das calçadas, uma iniciativa muito boa e inteligente.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

GRIPE SUÍNA


Das últimas semanas para cá, o único assunto abordado no mundo inteiro é o mesmo: a gripe suína. Segundo a Organização Mundial da Saúde o número de casos de doentes pelo vírus da gripe confirmados pela chegou a 1.085 em 21 países, estando num patamar entre 5 e 6, um pouco antes da fase 6, que indica que estamos em uma pandemia, quando uma doença ultrapassa as fronteiras continentais. Mas antes de expressarmos alguma opinião, entendamos a epidemia:

Gripe suína é uma doença respiratória que atinge porcos causada pelo vírus influenza tipo A, que tem diversas variantes. Algumas das mais conhecidas são a H1N1, a H2N2 e a H3N2. Geralmente não atinge os humanos, e até então eram raros são os casos de contágio de pessoa para pessoa. A contaminação ocorre da mesma forma que a gripe comum, por meio de perdigotos (gotículas de saliva) lançados na tosse e espirros.

Sobre o recente surto que teve origem no México, a Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou que alguns dos casos registrados são formas não conhecidas da variedade H1N1 do vírus Influenza A. Ele é geneticamente diferente do vírus H1N1 que vem atacando humanos nos últimos anos e contém DNA associado aos vírus que causam as gripes aviária, suína e humana. Dentre seus sintomas estão: febre, tosse, letargia e falta de apetite. A doença é uma "emergência na saúde pública internacional", e tem grandes chances de se tornar uma pandemia.

Porém se fala que a gripe suína não é tudo aquilo que anunciavam, e que seu surtos de contágios já estão em declínio, tranquilizando a população mundial. E mesmo se estivéssemos convivendo uma grande pandemia, como a de 1918, quando uma gripe matou milhões de pessoas pelo mundo, estaríamos preparados tecnologicamente para enfrentá-la. Claro que a gripe suína não é o fim do mundo, da raça humana, no entanto devemos ficar alerta para que o pior não aconteça.

terça-feira, 24 de março de 2009

ENTREVISTA


Ainda no ramo da biotecnologia, assunto bastante estudado na atualidade, nosso blog foi atrás de algum profissional que atue numa área de umas das engenharias ou química para que possamos compreender melhor os biocombustíveis.
Entrevistamos a Coordenadora do curso de Engenharia Ambiental da Universidade do Extremo Sul Catarinense, a simpaticíssima Marta Hoffmann, a quem agradecemos desde já pela sua colaboração com nosso blog. Vamos às perguntas:
1- Como funciona o processo Químico-Físico na na produção de biocombustíveis?
"São matérias biológicos que, quando em em combustão, possuem a capacidade de gerar energia para realizar trabalhos, ou melhor, são combustíveis de origem biológica. São fabricados a partir de vegetais e lixo orgânico."
2- Quais os tipos de Biocombustíveis existentes, e qual a diferença entre eles?
"O tipo mais difundido de biocombustível no Brasil é o álcool (etanol) proveniente da cana de açúcar. Sua principal vantagem é a menor poluição que causa, em comparação aos combustíveis derivados do petróleo. A cana é um produto completo porque produz açúcar, álcool e bagaço, cujo vapor gera energia elétrica.
Outro tipo é o biodiesel, ou seja, óleo virgem derivado de algumas espécies de plantas, apresentam vantagens muito interessantes. Além de ser naturalmente menos poluente, o biodiesel possui elevada capacidade de lubrificar as máquinas ou motores reduzindo possíveis danos, é seguro para armazenar e transportar porque é biodegradável, não-tóxico, não explosivo nem inflamável à temperatura ambiente, não contribui para a chuva ácida por não apresentar enxofre em sua composição. E por último o biogás, produzido a partir de uma mistura gasosa de dióxido de carbono com gás metano. A produção do biogás pode ocorrer naturalmente por meio da ação de bactérias em materiais orgânicos (lixo doméstico orgânico, resíduos industriais de origem vegetal, esterco de animal). O biogás também pode ser produzido de forma artificial. Para tanto, utiliza-se um equipamento chamado biodigestor anaeróbico. O biogás pode ser usado em substituição à gases de origem mineral e o gás natural, e também ser utilizado para a produção de energia elétrica. Para tanto, é necessário a utilização de geradores elétricos específicos."
3-De que forma o Biocombustível pode substituir o petróleo?
"A forma que os biocombustíveis podem substituir o petróleo é efetivamente como combustível, principalmente o biodiesel, substituindo a gasolina, óleo diesel, querosene e gás. Como matéria-prima para as industrias de polímeros, têxtil, papel e celulose, corantes, medicamentos, entre outros, não seria aplicável, pois o petróleo é mais rico em derivados."


terça-feira, 10 de março de 2009

BIOTECNOLOGIA


Biotecnologia é a ciência que cria produtos baseados na manipulação de células, que está cada vez mais presente em remédios, produtos agrícolas e biocombustíveis. Essa indústria movimenta 100 bilhões de dólares anuais. O Brasil não fica para trás, tem conseguido investidores que monitoram as empresas, isso faz do Brasil um dos competidores mais qualificados. Até a dupla que criou o Google e Sun hoje volta suas atenções para a segunda geração de combustíveis renováveis, baseada em biotecnologia.

Dentre todas as aplicações possíveis a que mais atrai os investidores é a biotecnologia verde, que consiste na manipulação genética das plantas e microorganismos, para a produção de alimentos e a geração de energia. Thomas Friedman propõe que a corrida tecnológica em busca da energia limpa terá o poder de reerguer os Estados Unidos. Essa é uma área promissora para o Brasil: o país é a maior fronteira agrícola do mundo e o mais experiente na produção de biocombustíveis. O setor de energia alternatia é exatamente o segmento da biotecnologia menos vulnerável à crise mundial.

Sobre a produção local de cana, não existe melhor lugar no mundo onde haja açúcar mais abundante e com preços tão competitivos. Já existem grupos americanos se instalando no Brasil para colocar em prática o plano de transformar o caldo da cana primeiro em diesel e depois em gasolina e querosene de aviação, esses grupos afirmam que não havia lugar melhor do que o Brasil para transformar essas pesquisas em negócio.Como se vê, o fato de o Brasil ter condições naturais propícias para o desenvolvimento de algumas áreas da biotecnologia não significa que a briga por um lugar ao sol nessa indústria será fácil.